Um criminoso desconcerta a polícia paulistana ao utilizar técnicas peculiares de ação auxiliado sempre por uma lanterna vermelha. Como assaltante de residências possui as vítimas, trava longos diálogos com elas e protagoniza fugas ousadas para depois gastar o fruto do roubo de maneira extravagante. Perseguido e encurralado, encontra no suicídio a saída para sua extensa e mal-afamada carreira de crimes.

Como se colocou a questão do tempo no período das origens cristãs? De que forma as primeiras comunidades apreenderam e traduziram os acontecimentos relativos a Jesus através de uma modelação própria da temporalidade? E em que medida, a própria configuração narrativa que a experiência cristã assumiu, determinou uma refiguração da realidade temporal?A fórmula "a plenitude do tempo" (peplerotai o kairòs) surge-nos pela primeira vez no Evangelho de Marcos, um dos escritos primordiais do cristianismo primitivo. Olhando para a direcção que nos (...) aponta o recurso verbal, temos um tempo onde o cumprimento começou, é verdade, mas que prossegue, pois os seus efeitos e repercussões prolongam-se no futuro. A reflexão que a fórmula de Marcos introduz é bem mais interessante que a linear proclamação de uma escatologia final. É preciso compreender não apenas que o tempo se prolongou até o presente, mas sobretudo que um momento privilegiado, um kairòs, acaba de ser atingido pela emergência messiânica. (shrink)

Trecho da obra: "Nos itinerários históricos mais recentes, o corpo atlético, de alto rendimento, tornou-se metáfora da superação de si e lugar de sacralização de quase ilimitados recursos tecnocientíficos. (...) O desempenho dos corpos no campo desportivo pode ser compreendido como concretização daquela mitologia do progresso que moldou a experiência do tempo na modernidade. (...) Os trânsitos entre desporto, ética e transcendência foram o objecto de estudo e reflexão de um colóquio internacional realizado na Universidade Católica Portuguesa, e o presente (...) volume, dando continuidade a uma política de publicação do Instituto Português do Desporto e Juventude / Plano Nacional de Ética no Desporto, reúne os textos apresentados, procurando, assim, atingir um público mais amplo e contribuir para o aprofundamento desta linha de indagação na sociedade portuguesa.". (shrink)

Este artigo tem como objetivo tratar da crítica de Hegel a Kant a partir da distinção entre legalidade e moralidade. Enquanto Kant permanece preso ao formalismo, Hegel aponta princípios conteudísticos, pois considera que somente a partir deles é possível estabelecer deveres particulares. Kant define o certo, o bem e o justo a partir de um procedimento que visa à universalidade. A distinção entre legalidade e moralidade é realizada a partir de seus móbeis. A razão, em Kant, não é legisladora, pois (...) não está preocupada com “o que deve ser feito”, mas “como deve ser feito”. O imperativo categórico é regulador e orientador. Já Hegel critica o formalismo da teoria kantiana. A eticidade tem como grande objetivo a libertação da indeterminação, da imediatez e do natural. Isso ocorre instaurando-se a mediação e produzindo, consequentemente, a determinação. (shrink)

Este artigo tem como objetivo apresentar as bases nacionais que constituem a formação do homem burguês e a estruturação do processo educacional que se inicia a partir do século XVII, culminando no florescimento da escola pública na França no século XIX, estendendo-se paulatinamente no Brasil no século XX. O artigo tem como problema investigar se o modelo formativo estruturado na sociedade brasileira contemporaneamente envolve a formação integral do cidadão ou apenas o seu ajustamento à dinâmica social. Face às condições histórico-sociais (...) que imperam nos três últimos séculos, com maior ênfase na segunda metade do século XX, a formação humana sofre duros golpes e, mediante a estruturação da escola pública, a educação dirige-se para atender a ideologia e a dinâmica produtiva da estrutura capitalista do pós-guerra. Retomando autores clássicos como John Locke, Jean Jacques Rousseau, Immanuel Kant e Karl Marx a análise passa a apresentar o cenário em que se constitui a tendência liberal europeia em compreender a formação como parte do processo civilizatório. O texto procura expor que a perspectiva educacional do século XXI, se coloca como um modelo de educação aportado pelos interesses do capital, o qual interfere diretamente na execução de uma educação que poderia ser autorreflexiva e crítica, mas que se mostra oficialmente funcional, adaptativa e instrumental, sem perder de vista o ideal liberal burguês. (shrink)

Existem intertextualidades surpreendentes entre as tradições vétero e neotestamentárias. Os autores do Novo Testamento, pois, fizeram questão de ou citar literalmente algo das Sagradas Escrituras de Israel ou, de forma mais livre, fazer alusões a tais tradições. Nesse sentido, a personagem de Moisés e pormenores ligados à sua trajetória e/ou biografia, presentes nas narrativas de Êxodo a Deuteronômio, ganha maior destaque na segunda parte da Bíblia cristã. Justamente isso vale também para um discurso que, segundo a narrativa em Ex 3,1–4,17, (...) o Senhor, Deus de Israel, dirigiu a Moisés, visando à necessidade de o líder profético precisar convencer outros através de suas palavras: «Eu, pois, estarei com tua boca e te instruirei sobre o que deverás falar». Conforme os Evangelhos segundo Marcos, Mateus, Lucas e João, Jesus acolheu tal tradição e esperança religiosa ao instruir seus discípulos. A investigação dos pormenores da intertextualidade aqui indicada constitui a tarefa da pesquisa apresentada neste artigo. (shrink)

Os dois primeiros capítulos dos Evangelhos canônicos de Mateus e Lucas têm dois conceitos teológicos que precisam ser mais investigados. Trata-se de “justiça” e “virgindade”, que podem ser entendidos como “tópoi”, isto é, palavras ou conceitos muito especiais. A tentativa desde artigo é abrir o debate a respeito e propor uma nova leitura dos relatos de Anunciação, desta-cando as figuras fundamentais de José e Maria, referências específicas de Jesus: sua messiani-dade e sua humanidade.

The paper deals with a version of the principle that a belief source can be a knowledge source only if the subject knows that it is reliable. I argue that the principle can be saved from the main objections that motivate its widespread rejection: the claim that it leads to skepticism, the claim that it forces us to accept counterintuitive knowledge ascriptions and the claim that it is incompatible with reliabilist accounts of knowledge. I argue that naturalist epistemologists should reject (...) these claims. I introduce my treatment of the principle by considering the analogous situation posed by the closure principle. (shrink)

While in the movies or reading a novel, how can we feel terrified by monsters, ghosts, and fictional serial killers? And how can we feel sad or outraged by depictions of cruelty? After all, we know that the imagined threats that we fear do not exist and, therefore, pose no real threat to us; and we know that the instances of cruelty that bring tears to our eyes have not happened. And yet, the fear, the sadness, or the outrage experienced (...) in our imaginations feels very real. This is the so-called paradox of "fictional emotions." This and related paradoxes have become recalcitrant problems for a purely representational approach to the imagination that tries to accommodate the imagination in a belief-desire psychology, explaining our imaginings as mental states that are similar to beliefs or desires in some ways but not others—as "quasi-beliefs" or "quasi-desires." This representational approach can be seen, for example, in Kendall Walton's influential account of the imagination as "make-believe," or in Shaun Nichols and Stephen Stich's boxological account of the imagination as a "pretend box," which is in close interaction with the suspiciously similar "belief box". (shrink)

I discuss the account of logical consequence advanced in Wittgenstein's Tractatus. I argue that the role that elementary propositions are meant to play in this account can be used to explain two remarkable features that Wittgenstein ascribes to them: that they are logically independent from one another and that their components refer to simple objects. I end with a proposal as to how to understand Wittgenstein's claim that all propositions can be analysed as truth functions of elementary propositions.

Evolutionary game theory and public goods games offer an important framework to understand cooperation during pandemics. From this perspective, the COVID-19 situation can be conceptualized as a dilemma where people who neglect safety precautions act as free riders, because they get to enjoy the benefits of decreased health risk from others’ compliance with policies despite not contributing to or even undermining public safety themselves. At the same time, humans appear to carry a suite of evolved psychological mechanisms aimed at curbing (...) free riding in order to ensure the continued provision of public goods, which can be leveraged to develop more effective measures to promote compliance with regulations. We also highlight factors beyond free riding that reduce compliance rates, such as the emergence of conspiratorial thinking, which seriously undermine the effectiveness of measures to suppress free riding. Together, the current paper outlines the social dynamics that occur in public goods dilemmas involving the spread of infectious disease, highlights the utility and limits of evolutionary game-theoretic approaches for COVID-19 management, and suggests novel directions based on emerging challenges to cooperation. (shrink)

The influx of modernity is approached as a guaranteed right in the economic process. The period is catalogued as a proponent of rationality in Weberian-Habermasian sense, with an adjustment as to ends. Rights adopt four characteristics in the methodological argument of modernity: a) it is calc..

In this paper, we explore a selection of Castoriadis’ writings, paying special attention to the seminars devoted to Plato’s Statesman, and discuss his divorce from the Platonic and Platonic tradition. Castoriadis places Plato beyond a theoretical and academic interpretation: the Ancient Greece that Castoriadis claims, from his political ontology, is not a paradigm, but a “germ” of autonomy, by which understand the birth of democracy, philosophy and history in order to transform himself and society.

El objetivo de este artículo es evaluar si la estrategia populista conlleva oportunidades o peligros para la democracia y para ello se analizan los principales elementos del discurso populista a la luz de las intervenciones de dos líderes europeos, Pablo Iglesias y Marine Le Pen. Se sostiene que la estrategia populista no implica por sí misma un riesgo para la democracia sino que depende del tipo de demandas sociales que se articulen y de los valores hegemónicos que se quieran transmitir (...) a la opinión pública. La estructura del artículo es la siguiente: en primer lugar, se realiza una revisión crítica de la literatura sobre populismo; en segundo lugar, se analizan tanto la estructura formal como el carácter vacuo y disputado del discurso populista a partir de las intervenciones de Iglesias y Le Pen; por último, se presentan unas reflexiones finales. (shrink)

1 Domains of application 2 Formulating the conceptual/nonconceptual distinction 3 Is there such a thing as nonconceptual content? 4 Developing the account of nonconceptual content .

ABSTRACT I argue that some of the central doctrines of Wittgenstein's Tractatus Logico-Philosophicus can be seen as addressing the twin problems of semantic unity and...

Marko Jurjako’s article “Self-deception and the selectivity problem” (Jurjako 2013) offers a very interesting discussion of intentionalist approaches to self-deception and in particular the selectivity objection to anti-intentionalism raised in Bermúdez 1997 and 2000. This note responds to Jurjako’s claim that intentionalist models of self-deception face their own version of the selectivity problem, offering an account of how intentions are formed that can explain the selectivity of self-deception, even in the “common or garden” cases that Jurjako emphasizes.

This commentary on Jacob and Jeannerod’s Ways of Seeing evaluates the conclusions that the authors draw from the two visual systems hypothesis about the nature and phenomenology of visual experience.

Replies to contributions to a symposium on the book, Scepticism and Reliable Belief.

Mientras que las ciencias físicas han desvelado en la modernidad gran número de problemas, las ciencias sociales y humanas siguen enfrentándose al "monstruo de lo social"; sin lograr resolver los enigmas que suscita la vida colectiva. Los conflictos sociales, políticos y culturales no sólo no han sido paliados sino que a veces se han vuelto aún más opacos. Esta paradoja que conduce al desaliento, interroga directamente a disciplinas como la antropología social y cultural. La antropología crítica como saber en permanente (...) transformación se ha convertido de esta manera en un gozne indispensable de la sociedad plural y democrática. (shrink)

Trata-se, no presente artigo, de analisar as mudanças que historicamente tem ocorrido no EU e as rupturas na apreensâo da realidade. As atuais transformaçoes da realidade teriam levado a um asvaziamento do ser? Ou ainda, a realidade nâo teria mais nada a ver com o sujeito? Como apreender essas transformaçoes? Esta investigaçâo faz-se valer da leitura de Gramsci, por meio da qual a unidade entre se e o pensar aparece como uma possibilidade de superaçao da metafísica do sujeito à elaboraçâo (...) de uma ontología concreta. (shrink)

El artículo presenta los resultados de una investigación sobre la violencia política en Perú y su actual incidencia en la crisis de legitimidad de las instituciones políticas democráticas. La metodología empleada supone la revisión documental y el tratamiento de otras fuentes sobre las múltiples maneras como el conflicto armado debilitó la credibilidad en los mecanismos y estamentos democráticos. Se presentan elementos concluyentes sobre la continuidad, durante y después del conflicto, de la desigualdad, la frustración en la búsqueda de la verdad (...) y justicia ante la violación de los derechos humanos como causas de la crisis e inestabilidad política en Perú. El artículo permitirá concluir con la grave crisis de gobernabilidad que atraviesa el país, que se traduce en prácticas corruptas que paralizan su desarrollo económico, marcando el paso de una crisis económica a una crisis política: un puente que une los años 1992 a 2018 y que deja como saldo una pérdida generalizada de confianza en la clase política y en las instituciones del poder público en Perú. (shrink)

Filosofía de la filosofía ; resumen de las conferencias de José Gaos. -- Filosofía de la filosofía ; primer artículo de Francisco Larroyo. -- Primera carta de José Gaos a Francisco Larroyo. -- Disputatio de nomine; segundo artículo de Francisco Larroyo. -- Segunda carta de José Gaos a Francisco Larroyo. -- La lógica prekantiana del doctor Gaos ; tercer articulo de Francisco Larroyo. -- La filosofía, ciencia de los valores, por Francisco Larroyo. -- Filosofía, personalidad, por José Gaos.

El miedo ala enfermedad y a la muerte son ancestrales. Por mucho desarrollo científico que se produce en algunas latitudes de la tierra, traducido en grandes avances sanitarios que permiten prolongar la vida de unos pocos, no nos protegen ni del miedo di de la muerte.

Pascal, in his Mémorial, contraposed the God of philosophers and the God of Abraham, of Jacob and of Jesus Christ. John Paul II, in Crossing the threshold of Hope, enters into dialogue with this Pascalian thought. The author analizes step by step, this confrontation, making it manifest that John Paul II advocates a style of philosophy which has a strong existential emphasis. Only such a philosophy explains, according to the thought of John Paul II, the truth as much about God (...) as about man. (shrink)

Este artículo pretende realizar un repaso por la historiografía de la noción de averroísmo latino, desde los primeros trabajos de E. Renan hasta las investigaciones más recientes. Se destaca la falta de acuerdo entre las distintas posiciones y las grandes dificultades de definición que ésta categoría ha comportado para los historiadores de la filosofía durante los dos últimos siglos.

We provide all possible axiomatizations with independent axioms of E→ and R→ formulable with Anderson and Belnap’s list.

Let R+ be the positive fragment of Anderson and Belnap’s Logic of Relevance, R. And let RMO+ be the result of adding the Mingle principle ) to R+. We have shown in [2] that either a minimal negation or else a semiclassical one can be added to RMO+ preserving the variable-sharing property. Moreover, each of there systems is given a semantics in the Routley-Meyer style. In describing in [2] the models for RMO+ plus minimal negation, we noted that a similar (...) strategy would give us a semantics for R+ with minimal negation; that is, constructive R. The aim of this paper is to prove this claim. (shrink)